Carta à Aldir
A Aldir. O que vc falaria se estivesse aqui?
Que equilibramos cordas em meio ao alçapão
Que engolimos cobras, lagartos e dragão
Que o engodo cresceu de fato
E que se, ainda não se teve um infarto é por pura sorte, já que a morte vai tornando-se banal.
Não tem oxigênio, do Oiapoque ao Chuí- Gritaria , Aldir!
Mas tem grana pro ministério ali: tem grana pra granada.
Tem grama.
Tem cama.
Tem laranjal.
Está tudo triste triste, afinal
Infelizmente, de certo, ainda não é o final
O futuro é incerto
E nossa fome é tanta.
Muita água passará debaixo da ponte
Ante que a fonte ( de ignorância e ganância) seque por interio
E nós, os bêbados equilisbrista,?
Perdemos o prumo dessa estrada?
Por tudo e " por nada": TEMOS QUE PEGAR A REALIDADE COM A MÀO
Carta escrita em 2021
Flavia Valença
Enviado por Flavia Valença em 15/01/2023
Alterado em 23/06/2023