Ricardo,

Essa foi a última vez que estivemos juntos de corpo físico.  Mas no plano espiritual e emocional nos encontramos tantas outras vezes nas conversa sobre pandemia, os percalços  e  os desafios.

Dói muito saber que não vou mais te ver ou ouvir a sua voz.
Fico repetindo no whats App as últimas conversas trocadas...e meu Deus... nem deu tempo de te convencer de tentar mudar de idéia em relação ao perdão. Que na minha opinião deve estar presente em cada estrada desse plano.

Me dá  um nó no coração saber disso.

Sabe...eu não fui hoje no seu enterro. Tinha que dirigir umas quatro horas pra isso, e ainda tinha as crianças pra cuidar. Mas eu tava querendo mesmo resignificar minhas despedidas.
Tenho acendido vela desde o mês de abril, mandando-lhe  boas energias, plasmando uma cura pra ti...

Mas cada um tem seu tempo aqui...
E foi a sua hora.

Sua hora! Embora tão cedo, tão novo, nós sabemos desde os seus 17 anos de que tudo era mais frágil em se tratando de você.  Mesmo assim você foi fera. Foi esse cabra forte, alegre, brincalhão, trabalhador, honesto. Por longos 21 anos, no qual se tornou-se um paizão  e um companheirão de sua esposa Jaqueline Amorim.

Vimos também seus esforços pra cuidar da sua mãezinha, quando lhe devolvi ela em maio do ano passado e você passou a a fazer compras regularmente pra ela.

Você foi essa pessoa linda. Teve seus entreveros..... Mas, quem não os teve um dia.

Mas o que eu mais gostava era de sua alegria...
E de ouvir você  discordar de mim, sempre me chamando de priminha.

Te amo primo.
Muita luz na sua jornada.