Mar de ressaca
O mar está de ressaca... Avança pra cima do continente
O seu tamanho já não lhe cabe
Foi crescendo aos poucos
pouco à pouco, continuamente...
seguiu em frente sem recuar
E agora está a transpor limites
Leva tudo que vê pela frente
Derruba morros
Rompe barreiras
Uma rua inteira
Um bairro inteiro
uma cidade
Um Estado
Um pais
O mar é essa Pandemia
Pandemônio sem homônimo, sem igual
Divisor de águas
Propagador de mágoas e tragédias
Trás o adeus da vida, de como era antes
Que antes era, já não é mais
É agora ais
Estado da calamidade
Mediocridade
Beira do cais
Caos, onde os maus, enricam com mais
E daí?
Deixar o trabalhador parar? Quem assim irá lucrar?
Quantas mortes existem nos 26 bilhões do Itaú?
De que vale o sistema bancário?
Quantas vidas se salvariam num trilhão?
Quantas milhões de pessoas?
Com quantas mortes se faz um bilionário?
#flaviavalencalimapoeta
Flavia Valença
Enviado por Flavia Valença em 03/05/2020
Alterado em 03/05/2020