Até quem sabe um dia
Até quem sabe um dia
Em um quarto escuro, sagrado, dormiu o profano.
Agitava-se um corpo por dentro. Ardia-se
Desejava-lhe. Tremia-se. Ocultava-se, mas há chama ...
Espreita-a. E não queres?!!!! Então chama-a.
Não, não. Eu diria: Não queres!
Mas pergunto por que então tanto motivo para palpitação!?
Não sabe. Pensou: é isso!
E como ímã ... chamou-a para perto de si. Chamou-a uma terceira vez.
E por fim... fez. Veio. Aninhou-se. Gravitou na essência de seu cheiro, esperou pelo primeiro movimento dos músculos. O vibrar da pele a refrear-lhe o impulso de posse.
Tomou-lhe o corpo como teu. Saiu de si, mordendo-lhe as mamas sem pena. Puxando-lhe os cabelos.
Ela avançou. Ele então se recolheu. Não viera preparado para tanto
Ela recolheu-se. Mas já não mais podia adormecer. Pôs-se em decisão pela solidão
E então se pôs a lhe proporcionar a exalação do divino prana. Como um doce beija-flor a apreciar uma bela Azaleia (A azaleia, afinal, pensou com seus botões, só dá floração uma vez ao ano!)
Adormeceu ele. Amanheceu ela. Que partiria dali reflexiva...até uma próxima vez
FVL
#flaviavalencalimapoeta
Flavia Valença
Enviado por Flavia Valença em 14/08/2019
Alterado em 15/08/2019