A falastrona
Falastrona
Fala fala. E se engana. Diz que vai fazer .... mas cai da cama. Hora e meia, não consegue. E como não consegue. Dia após outro se perde em milhares de afazeres. E abre mão dos prazeres, para dar conta do que tem que ser feito. E as vezes lhe angústia o peito. Afinal, são tantos os queres.
Saberes....precisa de saberes. De saber mais do que o Sabiá sabia assobiar ...
E vai ela, a falastrona. Animada que só. Empolgada como pó levado pelo vento. Então se perde, e esquece mesmo, para onde estava indo.
Um vento lhe muda o sentido. Mil ideias lhe sopram no ouvido. Uma explosão de criatividade. Euforia. Triplos sentidos. Uma explosão de empolgação. Daí fala, fala, fala de montão ...
- Onde mesmo que estava indo? Perguntava-se.
E espalhava-se no espalhamento do seu próprio tempo. Um tempo que não pertencia ao mundo. Um tempo só dela…aquela Cinderela.
FVL
#flaviavalencalimapoeta
Flavia Valença
Enviado por Flavia Valença em 05/07/2019
Alterado em 13/08/2019