Solidao amiga do peito
Solidão amiga do peito
Dê-me tudo que eu tenho por direito
Diga-me, ensina-me a me respeitar
Ensina-me a não me isolar
E a fazer parte desse mundo cruel
Eu que vivo aqui isolada no meu papel ..............
Estar integrada sem estar. Sorrio e vejo o outro passar, mas sou incapaz de chamar alguém para dançar.
Aqui nesse condomínio sozinha me encontro
Repito o meu comportamento como na faculdade e em outras moradas
Deduzo coisas do nada
Escondo-me atrás dos meus conceitos
E temendo os julgamentos, os preconceito, fecho-me então em minhas críticas.
Queria que o mundo fosse de outro jeito
Queria que meu jeito mudasse para eu fazer parte do mundo
A soberba da crítica é o reverso da solidão
O não se entregar à música que toca é um dos lados da escuridão
Mas logo eu que tenho tanto molejo.... não sei por que é assim!?
É como se sempre problematizasse todo ocorrido
E como por qualquer feito me sinto errada, culpabilizo- me, me sinto pesada e fico assim mal-humorada à reclamar.
Solidão amiga do peito: ajuda-me a me libertar
Os anos passados assim continuam. E eu preciso mesmo muito mudar
Flavia Valença
Enviado por Flavia Valença em 01/12/2018