Um dia após o outro,
Milhares de sentimentos em mim.
O cochilar, a insônia constante, tudo me faz estranhamente eu me sentir assim: um balão solto no vento; uma andorinha sem jardim para pousar.
E tudo me irrita: palpiteiros, “opinistas”, autoridades, discursistas.
Neste período de dependência absoluta, - dependem de mim, e por conseqüência, eu dos outros demais -, sinto-me a mercê do tempo: as horas correm depressa. E tanto faz se faz frio ou calor, noite ou dia, cedo ou tarde, a doação é plena.
A ação de se doar absolutamente deixa-me sem vestes, sem humor, sem rumor.
Mas há a paz do ser que embalo. E em seu sorriso e tranqüilidade há um mundo pleno e absoluto: um paraíso.
Será então isso? Padecer no paraíso?
Padeço em mim, mas para você sou só sorriso.


FVL
#flaviavalencalimapoeta